16/09/2014 - Conceição do Mato Dentro à Morro do Pilar

Café da manhã, lubrificar corrente e.... pára tudo!
Vou consertar as duas chapinhas do parafuso de esticar a corrente, que ficaram folgadas e estão com um barulho muito chato; 15 minutos para fazer o serviço e conferir alinhamento e aperto da roda traeira. Pronto... carregar moto e sair! Não... abastecer, ver se chegou gasolina no posto BR.

Destino: Cachoeira do Tabuleiro!
Onde fica? Não sei, vamos descobrir. Só me avisaram que ficava na saída para Santo Antônio do Norte, ou seja, a entrada pela qual cheguei na cidade.
Logo que fui chegando no fim da cidade, uma placa indicando Cachoeira do Tabuleiro à frente; que bom, esta estaria indicada e eu chegaria fácil. Mais à frente outra placa mandando seguir reto, então acelerei no asfalto, cheguei até o trevo Santo Antônio do Norte/Dom Joaquim, como eu já tinha vindo de um lado e não vi indicação de cachoeira, segui para Dom Joaquim... nisso, eu já tinha andado uns 12 km, e nada de placas. Parei num pare-siga, um motociclista parou do meu lado e perguntei onde era a Cachoeira do Tabuleiro, o cara deu uma risadinha e lá veio: "É logo na entrada lá da cidade, depois que passar a primeira ponte, segue à direita". Puts... tempo perdido, gasolina perdida.

Agora indo pelo caminho certo, as placas acabaram. Aproveito para fazer uma observação:
- Esse é um grande problema nos locais turísticos no Brasil (em vários que já visitei), as placas sempre indicam algum local quando estamos longe, mas, quando chegamos perto elas somem, é tipo assim: "o que você procura, é mais ou menos pra lá!". O turista acaba achando, mas perde tempo, usufrui menos e gasta menos nos locais; os gestores das cidades turísticas deviam se dedicar um pouco mais nesse ponto.


Estrada para a Cachoeira do Tabuleiro

Agora, rodando para a cachoeira, só segui a estrada principal até que apareceu, a danada, lá longe, não tinha como errar, agora sim "é pra lá"!


Cachoeira do Tabuleiro, lá no fundo!

Chegando na portaria do parque, tudo organizado, prédio de administração, banheiros, chuveiros, água gelada, estcionamento (só sinto falta de uma coisa nesses lugares, árvores, tudo é em pleno sol). Lá são duas opções:
1 - Ir até na cachoeira por baixo (uma hora e meia de trilha pesada)
2 - Ir até o mirante (800 m)
Valor: R$ 10,00

Escolhi ir na cachoeira, lógico, depois de vir até aqui vou ver de longe? Nem a pau! Para uma hora e meia de caminhada tive que me praparar: calça leve, tênis, camistas, mangas tatuadas, balaclava (não trouxe chapéu) e óculos escuros. E a água? Fui pedir uma garrafinha qualquer emprestada ao funcionário e ele me empresou um cantil, beleza! Água gelada no caminho. Vombora!

A descida é bem íngreme, em escadas entalhadas nas rochas e alguns caminhos com piso de pedra e cimento.

A escolha é sua.


 Hora de saída.

O solzão forte, e toda a proteção Ninja!


Vai encarar?


A cachoeira ao fundo, e o longo caminho.


Agora é pedra


De vez em quando, no meio do mato.


Cheguei no rio.


Parada, meio do caminho ainda.


Mas lá tá ela, vombora!

Uai... algum Atacameño passou aqui!!


Fora eu, outros seres viventes.


Agora, pelo leito do rio e por cima das pedras


Tá chegando!


Tá perto!


Mais perto!

A vontade mesmo era de ir debaixo da queda, então fui. Como a cachoeira é alta, a água era pouca e o vento era forte, a água ficava dançando de um lado para outro, mas uma hora ela veio, boa e gelada, para abençoar o esforço de chegar até ali. Bom demais.

Molhei até a câmera.

Aqui nesse ponto da Cachoeira do Tabuleiro é a Serra do Espinhaço, ela é a mais alta de Minas Gerais e a terceira do Brasil, com 273 m de altura. O poço tem 18 m de profundidade.
A maior cachoeira do Brasil é a do El Dorado, localizada na Serra do Curupira-AM, com 353 m.
A segunda maior é a Cachoeira da Fumaça, na Chapada Diamantina-BA, com 340 m.

Para ilustrar, segue uma foto da Cachoeira do Tabuleiro em época de água abundante:
Bem diferente né?

A volta da cachoeira foi extremamente cansativa, mesmo assim gastei as mesmas uma hora e meia para subir tudo, acabei com a água e tive que parar várias vezes, pois as pernas não queriam mais erguer o corpo nos degraus. Lá em cima, tomei uns 2 litros de água em 15 minutos, como o local estava sem outros visitantes, tomei um banho de chuveiro e fiquei sentado na sombra por quase uma hora, pois o corpo não aguentava subir na moto e pilotar. Essa trilha vai me ferrar a coluna já bichada.

O caminho agora é para Morro do Pilar, na estrada, algumas fotos interessantes.

Parque Estadual Serra do Intendente, além da Cachoeira do Tabuleiro, outras atrações.

Quem fez esse mataburro não andava de moto.

Se depender desse produtor, a diversão não acaba nunca!

Não há ponte e rio que não se queira fotografar.

 De cima da ponte anterior

Mais um por do sol

Em Morro do Pilar existem várias pousadas, procurei primeiro a do Vovô Juca, era barata mas não tinha estacionamento. Me indicaram uma que fica em frente, mas não tem placa alguma, a Pousada Indaiá, também não tem garagem, mas a dona possui uma loja de móveis a meio quarteirão dali, onde guardei a moto, caberiam duas, talvez 3. Pousada confortável.

Dia quente, molha toda a roupa de suor, então tem que lavar, no dia anterior tinha lavado um pouco, mas não secaram totalmente, então aproveitei e coloquei tudo pendurado para secar.

Para reduzir bagagem, tem que ser assim.

Pouca roupa e ir lavando.

Jantei em um pequeno, ótimo e barato restaurante self service ali perto, chamado Terra Minas. Liguei para casa de orelhão, porque a Vivo não pega lá direito. 
Amanhã, o destino é Cocais! No caminho conhecer a Cachoeira do Funil e a Cachoeira da Serenata.
Kms rodados hoje: um montão!

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