14/09/2014 - Diamantina a Milho Verde

Acordei cedo, para arrumar as tralhas, tomar café e sairmos logo, mas não foi possível.
A Karla havia passado mal de madrugada, foi ao hospital e estava com problemas por causa de um frango no molho que comeu em Rio Preto. Assim ficou resolvido que sairíamos de Diamantina após 12:00h para dar um tempo e ela melhorar. Enquanto isso eu e Robertão fomos comprar uns remédios para a Karla, pegar os passaportes de todos e visitar o Parque Biribiri.

O Parque Biribiri possui muitos atrativos, região montanhosa, cortada por diversos rios. Visitamos a antiga tecelagem, fundada em 1876, na Vila Biribiri e duas Cachoeiras, a dos Cristais e da Sentinela. É muito fácil chegar, a partir de um trevo já dentro da cidade, a portaria fica atrás de um bairro, há sinalização indicando.


 Vila Biribiri

Igreja em Biribiri

Ponte para Cachoeira dos Cristais

Cachoeira dos Cristais


Cachoeira dos Cristais

Cachoeira da Sentinela

As cachoeiras estavam com pouco fluxo devido à época de seca.

Rio Biribiri


Antiga ponte, ou aqueduto?

E andando de moto naquele lugar, foi me dando vontade de encarar o Caminho dos Diamantes logo. E a curiosidade em saber se o caminho para Milho Verde estava bom ou não foi aumentando. Será que não dá para passar mesmo? Fiquei um pouco frustrado com a possibilidade de pular um trecho e não fazer o caminho completo. Então surgi uma idéia... que iria propor aos amigos.

Depois do passeio voltamos à Pousada para organizar a partida para Conceição do Mato Dentro por asfalto. A Karla já aparentava estar melhor. Então fiz a proposta aos amigos: eles iriam por asfalto e eu iria por terra, se o caminho estivesse realmente intransitável eu voltava e seguiria por asfalto, encontrando eles à noite. Eles concordaram, então vamos verificar.

Fomos juntos ao posto para abastecer e corrigir a pressão dos pneus das motos. Nos despedimos e eles foram para um lado e eu para o outro. 

Como o posto era na entrada de Mariana e não havia dado tempo de visitar o Caminho dos Escravos, uma parte da ER com seu calçamento original, acelerei a moto para ir lá tirar pelo menos uma foto. Na verdade, tirei várias. Este caminho também fica perto da cidade, e todo mundo sabe indicar.









Dali seguiria direto para Milho Verde, se a estrada estivesse transitável. Cortei caminho por dentro de Diamantina, mas.... ir embora dali sem tirar nenhuma foto? Parei em alguns locais rapidamente.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que por exigência de Chica da Silva, que era amante de João Fernandes de Oliveira, o homem mais rico de Diamantina. Observe que, ao contrário de outras igrejas, o sino fica nos fundos, uma exigência de Chica da Silva para que o brulho não a incomodasse, pois sua casa era ali perto.


Igreja de Nossa Senhora do Carmo


Casa de Chica da Silva

Primeiro marco da Expedição (em frente à Pousada do Garimpo).


Primeiro marco da Expedição (em frente à Pousada do Garimpo).

Aliás, a Pousada do Garimpo só tem nome de pousada, porque na verdade é um hotel, dos bons, e mais caro.

Chega de fotos, e finalmente vamos rodar no Caminho dos Diamantes, se a estrada estiver em condições de rodar. Liguei o GPS para já ficar no caminho correto. A rota se obtém no site do Instituto Estrada Real.

Para minha surpresa, e alegria, a estrada esta boa. A parte onde as máquinas já estavam trabalhando estava um tapete, compactada, completamente lisa e cascalhada. Deu para andar bem rápido pelo pouco trecho de obras, depois tudo voltou a ser uma simples estrada de zona rural.


Estrada em obras, saindo de Diamantina.

Para quem quer fazer um off road no Caminhodos Diamantes, venha logo, pois vários trechos vão ser asfaltados. Na verdade, o asfalto é necessário para a população local, e não afetará as belezas do lugar. Talvez atraia mais gente e os pontos turísticos fiquem mais visitados.

Segue viagem, encontrei essa casa, que o amigo Saulo WDS já tinha comentado no fórum, é uma casa cenográfica construída para o seriado A Cura (Rede Globo).

Por fora

Gostei da sombra

Por dentro

Aqui uma foto do site da Globo, como a casa era.


Quer lembrar qual minissérie é? Clica ai.


Depois do povoado de Vau, à frente do marco 263, à esquerda da estrada, há um portão pequeno de ferro, pare e entre ali para ver o antigo calçamento de pedras que os tropeiros utilizavam. Fica num local onde a estrada se divide em duas para desviar de uma árvore que fica bem no meio.




A estrada te convida a tombos a todo momento, cuidado com a poeira fina e fofa, principalmente em descidas e subidas onde as pedras soltos se escondem abaixo dessa camada. O melhor é andar com o GPS ligado, com uma resolução de 50-80 metros, pois você consegue ver as curvas antes delas chegarem.



Pouco mais a frente, a ponte sobre o rio Jequitinhonha, vale uma foto nela, e outra do alto.






Igreja de São Gonçalo do Rio das Pedras

No meu guia havia um lugar chamado Cachoeira da Grota Seca, em São Gonçalo do Rio das Pedras, parei para carimbar o passaporte da ER no Bar de Ademil, perguntei a ele e para algumas pessoas, que me passaram aquele famoso "é ali", então recorri aos mapas que eu tinha feito de cada cidade, e onde ficavam (mais ou menos) os lugares, e fui na sorte. Encontrei uma estrada que só descia e fui nela, pegando somente o caminho mais batido. Já eram 16:00 h e tinha andado bastante para chegar nessa cachoeira, então era olhar e voltar, para não pegar estrada no escuro. Não achei cachoeira, e sim um gigantesco vale com gigantescas pedras amontoadas no fundo, mas com barulho de um rio, que passava por baixo dessas pedras. O Ademil havia dito que para andar ali era melhor ir com um guia, pois poderia-se andar pelas cavernas existentes (devem ser embaixo das pedras). Ohei, tirei foto e fui. Sinceramente, acho que ali não era a Grota Seca.

O fundo do vale

O alto do vale

Neve?

O vale e o cara!

Chegando em Milho Verde, uma foto com o por do sol, morrinho alto para subir de moto, a XT foi, depois deu trabalho para descer.

Chegando em Milho Verde já estava tudo escuro, viajante cansado, sujo... parei na Pousada do Sr. Morais. Ótima hospedagem, ótimo jantar mineiro e ótimo preço. Depois tomando uma cervejinha, seu Morais veio contar as histórias de quando trabalhava em São Paulo, e outras da região, por fim, ótimo papo.

A pousada não tem garagem, mas seu Morais me garantiu que ninguém mexe na moto, coloquei ela debaixo de uma jaboticabeira, em frente à Pousada e seja o que Deus quiser.

Os amigos devem estar em Congonhas do Norte, amanhã devemos nos encontrar em Conceição do Mato Dentro.

Daqui para frente, eu não fiquei mais marcando os kms diários. Vamos rodando e ver quanto dá no final.

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Atrativos visitados:
- Casa cenográfica da minissérie A cura.
- Estrada dos Tropeiros
- Ponte do Rio Jequitinhonha

Pousada e Restaurante Morais - R$45,00 - (38) 3541-4014

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